Entrevista - Novasekai
Atualizado: 7 de fev.

Nesta Edição entrevistámos a direção do núcleo ani/manga da FCT Novasekai!
Os membros entrevistados foram o ex-presidente Pedro, ex-vice presidente Miguel, a nova presidente Ema e o novo presidente José.
Quando abriram o núcleo?
Pedro – Abrimos o núcleo na passagem do nosso terceiro ano para o quarto. Foi fundado oficialmente no verão de 2022, com cerca de 10 membros. Começámos a planear as coisas, entrámos em contato com a AE e abrimos o projeto oficialmente como um núcleo no início de Setembro, no começo do semestre. No nosso primeiro ano, muitos dos nossos membros estavam em Erasmus, então a maioria do nosso conteúdo foi feito online.
Quem teve a ideia de abrir o núcleo?
Miguel – Penso que foi o Pedro que surgiu com a ideia. Falamos sobre isso em grupo, mas os criadores originais do grupo éramos eu e alguns amigos. Foi aí que tudo começou. Poderíamos dizer que muita gente esteve envolvida, mas a ideia principal foi do Pedro.
Pedro – A faculdade tinha diversos núcleos, como desporto e música, e intrigava-me a falta de um núcleo sobre anime. Falei com o Miguel e o João (Ex-Secretário) sobre isso e o quão fixe seria criar um. Então, no nosso terceiro ano, avançámos com a ideia.
Com que objetivo começaram?
Pedro – O objetivo principal era juntar a comunidade de Anime, Weeb e Manga, criando um espaço onde pessoas com os mesmos interesses pudessem interagir.
Foi muito difícil abrir o núcleo?
Miguel – Não foi extremamente complicado, mas com as burocracias da AE, diria que não foi a coisa mais fácil de fazer. Para criarmos o núcleo, precisamos explicar cada detalhe do que queremos fazer. Estávamos receosos de que um núcleo de anime 100% recreativo não fosse aceito, mas, como havia núcleos mais fechados, como Gaming, ainda tínhamos boas esperanças. Tudo correu bem; foi um processo um pouco demorado, mas todos são assim.
Pedro – Sim, principalmente a passagem de projeto para núcleo. Quando criamos um núcleo, ele começa como projeto, sem qualquer aprovação da AE ou ajudas financeiras. Para passar a núcleo a sério, temos de demonstrar que é bastante ativo e que realmente tem audiência. Tivemos sorte, pois, em um ano, conseguimos passar a um núcleo sério.
Como foi a resposta inicial à ideia do núcleo por parte da AE?
Pedro – Acho que foi muito boa. Eles gostaram logo quando nos apresentámos como um núcleo de anime/manga e cultura asiática. Acrescentámos que havia muita gente na faculdade interessada no tema, e daí aceitaram-nos logo como projeto núcleo.
Que atividades já organizaram até agora?
José – Eu entrei no ano em que o núcleo foi criado. Já realizamos vários Watch Alongs, também tivemos um Maid Café com cosplayers, e recentemente foi realizada uma segunda edição.
A – Quando foi realizada a primeira edição do Maid Café?
José – Penso que foi em meados de maio de 2023. Na altura, correu muito bem, passou muita gente por lá.
Pedro – Foi o nosso primeiro grande evento.
José – Sim, e foi a partir daí que começamos a realizar eventos maiores e mais organizados.
Pedro – Antes disso, tivemos o nosso primeiro evento presencial, uma Movie Night, onde passamos um ou dois filmes, com a venda de snacks e alguns jogos pelo meio. Depois realizámos outro Movie Night cerca de um ano depois..
E agora temos uma banca na Anifest, pela primeira vez, temos um evento fora da faculdade.
Foi difícil organizar os eventos?
Pedro – Como é óbvio, depende do evento, mas em geral não.
Movie Nights são muito fáceis de organizar, não exigem muito esforço, enquanto os Maid Cafés já exigem mais trabalho. Para ser honesto, a faculdade não facilita muito e a associação de estudantes também não, mas acabamos por nos desenrascar. Temos dificuldades com a burocracia, mas apesar dessas complicações, no final acaba sempre por compensar.
Que eventos planeiam realizar no futuro?
José – Claramente iremos ter outra edição do Maid Café, que tem corrido muito bem até agora, mas teremos mais atividades para manter o público mais ativo.
Ema – O nosso objetivo este ano é começar a fazer mais colaborações com os núcleos da faculdade, para criar uma maior comunidade entre as pessoas interessadas. Já temos confirmada uma colaboração com o núcleo Pride, que representa a comunidade LGBT+. Além disso, temos eventos online no Discord para visualização de episódios de novos animes e gostaríamos de fazer mais eventos com cosplayers, artistas e músicos para partilharem os seus trabalhos.
Por último, temos uma ideia para um evento no final do ano, que seria uma convenção de artistas, onde poderiam vender os seus trabalhos e criar atividades envolvendo os núcleos da escola, para dar a conhecer a cultura pop japonesa. Mas, como este evento envolve muitas complicações e burocracia, ainda não temos nada confirmado.
José – Além destes eventos, também começámos um Podcast, onde temos convidado artistas de áreas diferentes para falarem sobre temas e culturas diversas.
(Disponível no Spotify em https://open.spotify.com/show/3iU6nWLhjqFS8BbSeM5hjt)
Falaram sobre realizar outra edição do Maid Café. Estão a planear fazer alguma parceria com a Cosukai?
Ema – Sim, o objetivo seria fazer uma parceria, uma vez que a primeira edição correu muito bem. Seria do nosso interesse fazer uma edição só nossa para desenvolver um senso de esforço e trabalho, mas é sempre ótimo colaborar com outras pessoas.
O núcleo conta atualmente com que parcerias?
Ema – Coisas recentes que estamos a planear incluem a Cosukai, seja para o Maid Café ou outros eventos futuros, pois já mostraram interesse em participar de outro episódio do nosso Podcast. Também temos alguns contatos com uma loja de cartas de jogos relacionadas com anime, como o TCG de One Piece; o José foi lá presencialmente falar com o dono. Além disso, já estamos a iniciar contato com vários núcleos da faculdade, entre eles o núcleo de fotografia, para fazer sessões de fotos de cosplayers, como um Cosplay Meetup, que fazem por vezes aqui em Lisboa. Estamos em contato com o núcleo Pride e de literatura, onde falamos recentemente sobre a ideia de adaptar No Longer Human. Também estamos a conversar com o núcleo de Teatro para uma atividade temática com personagens de anime como figurantes.
Quantas pessoas fazem atualmente parte do núcleo?
Ema – Por volta de 20 membros.
José – Neste momento, o Miguel e o Pedro acabaram por sair da direção, mas entraram em outras áreas e continuam envolvidos no projeto. Portanto, sim, são cerca de 20 membros.
Ema – Estamos em período de recrutamento, com as inscrições abertas, então, num futuro próximo, mais pessoas vão se juntar.
Quais são as vossas expectativas sobre o futuro do núcleo?
José – Estamos à espera de um crescimento significativo, especialmente nos eventos que temos planeados. Espero que tudo corra bem e que consigamos o alcance que almejamos. Queremos expandir bastante, não só em termos de presença nas redes sociais, mas também na comunidade em si. Futuramente, planeamos participar em mais convenções e eventos relacionados com anime. Uma das nossas expectativas é realmente um crescimento mais sólido dentro da comunidade. Além disso, estamos muito interessados em conseguir uma banca no Iberanime. É algo que realmente desejamos e estamos a fazer o possível para atingir esse objetivo. Para isso, precisamos continuar a crescer na comunidade, desenvolvendo eventos e mostrando o nosso projeto, pois estamos aqui para continuar a desenvolver as nossas atividades e nos envolver mais.
Presumo que estejam atentos a vários eventos, não só aqui na Margem Sul, mas também em Lisboa e outras áreas?
Ema – Sim, exatamente! Por exemplo, temos eventos como o Anifest e o Aniaki. A Combini, que recentemente mudou de loja, continua a criar encontros e dias temáticos, como um dia dedicado a Gundam, ou eventos relacionados com outros animes, incluindo o Maid Café.
Além disso, em Almada, foi recentemente realizada a primeira edição do Golden Day, e acreditamos que será repetido, já que foi um grande sucesso. A ideia é, sendo um núcleo da universidade tão próximo de Lisboa e Almada, aproveitar ao máximo esses eventos e reunir a comunidade de todas essas áreas.
Para os que vão sair, como foi o vosso tempo desde o início do núcleo?
Pedro – Foi bastante bom, pelo menos para mim. Acho que me deu acesso a um novo conjunto de habilidades que eu não sabia que tinha, especialmente como presidente. Envolveu lidar com toda a parte burocrática, conversar com a associação de estudantes e a faculdade. Acho que foi uma experiência muito enriquecedora.
Qual é o vosso anime favorito?
Miguel: A minha resposta vai ser e sempre será Steins Gate.
Pedro: Vou ser uma pessoa banal e vou dizer One Piece, pela nostalgia, (…) foi o meu primeiro anime.
José: O meu anime favorito neste momento é Dororo. Gostava que houvesse mais episódios, mas aqueles 24-26 episódios são perfeitos.
Ema: No meu caso, eu vou dizer Durarara!!.
Alguma mensagem que queiram deixar?
Miguel – Adoramos a participação de todos e o núcleo está sempre aberto a ideias novas! Queremos que todos se sintam à vontade para participar, e a melhor forma de fazer isso é através de feedback, se tiverem sugestões de eventos ou ideias. Queremos trazer sempre novas atividades e novos formatos.
Ema – Podem sempre entrar em contato connosco através das redes sociais do núcleo. Queremos saber o que as pessoas gostariam de ver e participar!
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Entrevista e Edição: André Araújo Texto e Transcrição: Lara Massano
Originalmente publicado em Dangan Magazine #4 2024